terça-feira, 29 de janeiro de 2013

A HISTÓRIA DO BOLO




Além do tão conhecido pão de ló, tradicional no mundo inteiro, existia uma infinidade de tipos de bolos com nomes diferentes e de características parecidas.
Os doces e biscoitos sempre pertenceram ao cotidiano, o bolo, contrariando, sempre nos tirou da rotina, pois falar de bolo nos remete a recepções, festas, visitas, confraternização, sociabilidade, cerimônias, beleza, perfeição.
No início, todos os doces produzidos em assadeiras eram considerados bolos, e estes tinham que ser redondos, pois, como seu próprio nome diz, bolo vem de bola, desde os tempos do império romano. Com o passar dos anos, foi se moldando conforme as necessidades da decoração.
Existem muitas discordâncias quanto à origem etimológica do bolo, no entanto é provável que o bolo tenha surgido a partir das tortas, sendo que, do ponto de vista técnico, ele sempre teve uma consistência macia, revestido de uma pequena crosta de massa.
Com o advento dos banquetes luxuosos e exuberantes da época renascentista, os bolos passaram a ser a atração principal, principalmente no que se refere à decoração. Depois, os bolos passaram a ser glaciados com açúcar, polvilhados com frutas cristalizadas, amêndoas trituradas e enfeitados com raminhos de alecrim.
O ano de 1800 foi de certa forma considerado o auge dos bolos. Pudemos encontrar 101 tipos, entre eles o “Bolo Espuma”, que foi o primeiro bolo no qual foi empregado o uso do creme, mas teve muita dificuldade em ser aceito por causa de sua diferente textura, não habitual para a época.
Durante o reinado da rainha Vitória na Inglaterra, os bolos eram enormes, chegando a pesar mais de 100 quilos e ter uma altura maior que dois metros.
Os bolos, então, passaram a ser divididos em diversas camadas e recheados por uma infinidade de cremes (creme de vinho, perfumado com limão ou laranja, é um dos exemplos), mas o recheio à base de manteiga veio surgir apenas no início do século XX. Perto de 1890, surge difundindo-se rapidamente, o delicado “Creme Parisiense” ou “Ganache” que até hoje em dia é considerado insuperável. Depois dele surge o “Creme Italiano”, confeccionado por meio da estabilização da clara de ovos em neve com o açúcar cozido.
Desde então, vários tipos de bolos foram surgindo, e alguns estilos foram se destacando, como o “croquembuche”, de carolinas; os feitos com o francês “foundant”, o “Glacê Real”, entre outros.
Subdividir os vários tipos de massas e doces, com base nas suas origens geográficas, seria um trabalho muito complicado e, de certa forma, em vão. O importante é que os bolos, a cada dia mais originais, vão surgindo, educando e transformando os paladares.
Fonte: História da Culinária
Em: www.fleischmann.com.br 

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